quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Por que as pessoas mentem?


Não, querida, não existe ninguém além de você.
©iStockphoto/Thinkstock
Não, querida, não existe ninguém além de você
O filme "A invenção da mentira" ("The Invention of Lying", 2009) descreve um mundo completamente desprovido de mentiras. Todo mundo conta a mais completa e honesta verdade o tempo todo, e tudo o que uma pessoa diz é levado ao pé da letra. A premissa é engraçada porque isso é totalmente contrário ao mundo em que vivemos. Você pode imaginar dizer a alguém que está terminando o relacionamento por causa da aparência dele/dela? Ou admitir ao seu chefe que leu seus e-mails particulares? E confessar que há dias em que você está tão deprimido que fica chorando na cama?Nós não fazemos isso em uma sociedade polida, educada. Se terminamos com alguém, tendemos a pensar numa maneira cortês de fazê-lo, e se alguém nos pergunta como estamos indo, respondemos que vamos bem, quando na verdade gostaríamos de ir para casa e passar um tempo com nossa garrafa favorita de bebida. Em outras palavras, nós mentimos. Mas por quê? Por que somos tão insinceros quando dizemos que valorizamos a honestidade em nossas relações interpessoais?
Na medida do possível, podemos nos orgulhar de nossas mentiras. Mentir é considerado um sinal de inteligência e capacidade cognitiva, porque é preciso alguma aptidão para reconhecer o modo como as coisas são e então criar e apresentar uma alternativa a essa realidade. E é uma capacidade que nós exercitamos bastante; em um estudo publicado no "Journal of Basic and Applied PSychology", pesquisadores descobriram que 60% dos entrevistados mentiram ao menos uma vez durante uma conversa filmada de dez minutos [fonte: Lloyd]. Os pesquisadores relataram que todos os participantes acreditavam que estavam sendo completamente sinceros durante a conversa, por isso quando assistiram ao vídeo, ficaram impressionados ao descobrir que tinham dito coisas mentirosas.
A capacidade de mentir e não perceber é um dom exclusivo dos humanos. Não apenas enganamos aos outros, como podemos nos induzir a acreditar ser verdade algo que não é. Isso porque a motivação para mentir geralmente está atrelada à autoestima e à autopreservação. Mentimos em um esforço de criar a melhor versão possível de nós mesmos, e mentimos para que não tenhamos de encarar as consequências desagradáveis que nosso outro e menos perfeito eu causa a si mesmo. Isso quer dizer que podemos mentir sobre nossos feitos ou habilidades, assim os outros nos respeitarão mais, ou para cobrir erros, assim não perderemos esse respeito. Nós também mentimos sobre erros e pecados para evitar punição. Às vezes, o fazemos para evitar ferir os sentimentos de alguém, o que tem o efeito-bônus de garantir que a outra pessoa manterá sua boa opinião a nosso respeito - e não ficar consumido pelo desejo de quebrar nos so nariz.
Mentimos porque funciona, e por causa de seus benefícios. Evitamos punição ao mentir sobre quem rabiscou as paredes com marcador permanente, conseguimos aumentos mais altos ao levar o crédito por tarefas do trabalho que não completamos, e conseguimos amor ao assegurar ao potencial parceiro que ele ou ela não parece gordo (a) naquele jeans. Quando a mentira para de funcionar (quando é descoberta) e tem mais desvantagens que benefícios (sua esposa não olha na sua cara depois de descobrir seu caso extraconjugal) - só assim algumas pessoas dizem a verdade.
Pinóquio
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A mentira continua crescendo até que seu nariz fique enorme, diz a fada do Pinóquio.
Quando você é jovem, há uma lição que é martelada na sua cabeça mais do que qualquer outra: diga a verdade. Diga a verdade, dizem para você, e ficará tudo bem. Então por que a sua mãe liga para o chefe dizendo que está doente quando não está, e por que seu pai diz para sua mãe que o vestido que ela está usando não a deixa gorda? Eles não aprenderam essa lição quando eram pequenos, e você e eu também não.

Mentir não é um sinal de depravação moral (a não ser que seja). Mentir é um sinal de avanço cognitivo. Essa ação requer um cérebro fértil e altamente funcional para pegar uma coisa tão simples como a verdade e mudá-la, burlando a decepção que causaria a outra pessoa com a honestidade de um coroinha.

O problema com a verdade é que ela nem sempre serve aos nossos propósitos, promove nossas carreiras ou nos livra de problemas. Quando podemos pegar a via da imaginação e realização dos nossos desejos, seríamos loucos de não passear pelo caminho enganoso em busca de nossos objetivos, certo?

Crianças mais novas acreditam que sempre estão sendo vigiadas, e que a mamãe (ou outra figura de autoridade) sabe de tudo. Por essa razão, elas são mais propensas a dizer a verdade no começo. Conforme vão crescendo, elas começam a testar a mentira: o cachorro é azul, minha camiseta é feita de cobre, foi o biscoito que me contou. Para os ainda mais novos, mentir é uma série de experimentos sobre causa e efeito. Quando uma mentira funciona? Que tipo de mentira? O que é uma mentira acreditável? Vão me pegar no pulo alguma vez, ou devo continuar mentindo até que a verdade seja uma lembrança distante para as duas partes?

Por volta dos 2 ou 3 anos, as crianças percebem que não est ão sob constante observação de um “Olho da Verdade” onipresente e onisciente. Uma criança típica de 4 anos distorce a verdade a cada duas horas, enquanto uma de 6 anos conta uma mentira a cada 90 minutos [fonte: Bronson]. Elas estão aplicando seus estudos sobre a mentira em direção ao objetivo geral de todos os que distorcem a verdade: ganhar vantagem, evitar problemas e parecer melhor aos olhos dos outros. Quanto mais velhas as crianças ficam, mais se tornam hábeis na mentira. E elas nunca param.  Continue lendo para aprender a verdade, ou algo assim, sobre a mentira.

O básico sobre a mentira

A habilidade de mentir é um feito cognitivo. Enquanto nós desprezamos a prática com um ponto de vista moral e ético, o ato de mentir não é normalmente feito sem que haja uma boa razão. Mentiras são ditas por algum dos seguintes motivos:

  • Esconder algo e evitar problemas. Danos quase sempre não têm volta, e é rara uma situação em que admitir a culpa tenha um resultado positivo (ao menos em curto prazo). Essas mentiras são ditas para evitar repercussão e responsabilidade.
  • Preservar a reputação. Um ex-viciado em drogas pode mentir sobre o tempo em que ficou na instituição de tratamento, especialmente para um potencial empregador ou futuro interesse amoroso. Uma mentira como essa serve para evitar vergonha e embaraço.
  • Evitar magoar os sentimentos de alguém. Crianças aprendem logo cedo a ser educadas, não apontar defeitos físicos e dizer “obrigado” mesmo que ganhem algo de que não gostaram. Essas “mentiras inofensivas” são distinguidas das outras porque não carregam más intenções.
  • Aumentar status ou reputação. Algumas mentiras são ditas sem nenhum estímulo externo óbvio, como a demanda por uma resposta para uma pergunta específica. Esse tipo de mentira é muitas vezes narcisista por natureza, dita para fazer o mentiroso parecer mais completo, qualificado ou talentoso como meio de ganhar pontos positivos aos olhos dos outros.
  • Manipular. Essas mentiras não são evasivas ou defensivas, mas antes agressivas e maliciosas por natureza. Tais mentiras são ditas para ganhar riqueza, amor, favorecimento ou qualquer outra vantagem para danificar a reputação de outra pessoa ou espalhar inverdades prejudiciais.
  • Controlar informações. Como oposto de transmitir uma falsidade, a mentira indireta é segurar ou esconder fatos importantes. Isso é frequentemente visto como uma forma mais aceitável de mentir, já que a pessoa não constrói mentiras, mas apenas esconde a verdade. Uma parte da informação escondida pode alterar completamente a compreensão de um evento, levando as cortes americanas a exigir não somente a verdade, mas toda a verdade.

O que os olhos não veem o coração não sente?
© istockphoto.com / Hongqi Zhang
O que os olhos não veem o coração não sente?
Mentiras são contadas – de um jeito ou de outro – por quase todo mundo. Alguns tipos de personalidade, no entanto, são mais passíveis de mentir do que outros:

  • Mentirosos patológicos são geralmente sociopatas, não têm um senso claro de certo e errado e mostram ausência de remorso quando prejudicam outros. Sociopatas contam algumas das melhores mentiras, já que não se sentem mal por agir assim e não mostram sinais de culpa ou preocupação. Sociopatas mentem para ganho próprio, e suas mentiras desviam fortemente para a manipulação.
  • Mentirosos compulsivos mentem como primeira opção, mesmo quando não há razão ou vantagem para agir assim. Experiências na infância, como viver em um ambiente abusivo onde mentir pode ser necessário para a sobrevivência ou bem-estar emocional, são frequentemente responsáveis pela mentira compulsiva.
  • Narcisistas mentem para ganhar glória e estima desmerecidas aos olhos dos outros.
  • Pessoas com transtorno de personalidade limítrofe (borderline) sofrem mudanças de humor e têm comportamento fora de controle, como abuso de drogas, jogos de azar e sexo promíscuo. Esse tipo pode contar mentiras como um esforço para lidar com as conseqüências desses comportamentos.
  • Pessoas com transtorno de personalidade histriônica desejam desesperadamente amor e atenção e contarão mentiras que, apesar de não serem precisas, podem refletir a verdade emocional da situação. “Estou tão doente que eu poderia morrer” e “se você me deixar, eu me mato” são dois exemplos de mentiras contadas por esse tipo [fonte: Goleman].

    Sinais típicos


    mentira
    © istockphoto.com / Kevin Russ
    A maioria das pistas não verbais que o mentiroso deixa escapar não será tão óbvia quanto essa.
    Não existe um único modo de descobrir os sinais de uma mentira, mas sim uma constelação de possíveis sinais que podem “vazar” do mentiroso durante o ato. Vamos discutir os sinais verbais e não verbais da mentira nessa página.

    Primeiro, vamos examinar alguns sinais não verbais da mentira. Um sinal que escapa à maioria das pessoas é demonstrar microexpressões, que são expressões super rápidas que passam pelo rosto das pessoas contra sua vontade e sem que elas percebam. Isso fornece uma visão de seus verdadeiros sentimentos sobre algum assunto. Enquanto a maioria das pessoas não procura por tais pistas, muitos de nós detectamos essas expressões sem nos dar conta do que acabou de acontecer. A informação que colhemos – detectando um olhar de raiva por um milissegundo durante um sorriso, por exemplo – é muitas vezes atribuída à intuição ou “sexto sentido”. Se sua intuição diz que alguma coisa não está certa com aquela pessoa, voc� � muito provavelmente deve ter detectado uma microexpressão no rosto daquela pessoa que não combina com o que ela está dizendo.

    Outro sinal não verbal da mentira é um sorriso forçado, que geralmente envolve apenas os músculos da boca e não os outros do rosto. Um sinal típico é um sorriso ou outro gesto – como fazer que “sim” com a cabeça enquanto nega alguma coisa – que contradiz o que está sendo dito. Quando interagimos normalmente, fala e linguagem corporal acontecem naturalmente, sem pensamento específico. No entanto, quando mentimos, não só temos que avaliar a verdade, construir uma mentira plausível e verbalizá-la, precisamos ainda decidir quais gestos corporais combinam com a mentira, ou que representam melhor uma verdade. Pensar em tudo isso leva a palavras e linguagem corporal que não combinam.

    Alguém que est� � mentindo pode se sentir atacado e assumir uma posição defensiva. A pessoa pode se afastar do questionador, cruzar os braços e até ir para mais longe ainda. Mentirosos ficam notavelmente inquietos, especialmente durante uma pausa na conversa.

    Há outras pistas não verbais que muitas pessoas acreditam ser um sinal exato de mentira mas não são, como piscar muito, coçar o rosto ou o nariz, ou colocar a mão na boca enquanto fala. Esses sinais são apenas bons indicadores quando são uma mudança no comportamento normal da pessoa (isso é, o comportamento que antecede imediatamente a suposta mentira). Talvez a pessoa que esteja piscando muito tenha algum cílio no olho, e a garota que está cobrindo a boca é apenas tímida; no entanto, se a pessoa não pisca com frequência durante os três primeiros relatos mas pisca muito ou coça o pescoço e nquanto fala sobre um 4º assunto, esse último merece uma análise melhor.

    Uma pessoa contando uma mentira também deixa vazar pistas verbais que apontam para a desonestidade. Já que precisa inventar uma resposta, o mentiroso irá passar mais tempo procurando a palavra certa enquanto conta a mentira. A pessoa pode trocar as palavras ou demorar muito para responder. Para ter mais tempo de pensar, o mentiroso não usa abreviações de palavras (opta por “estava” em vez de “tava”) e pode repetir as perguntas (“Onde eu estava ontem à noite?” ou “Você quer saber o que eu estava fazendo ontem?”).

    Como eles precisam criar uma realidade à parte da verdade, mentirosos têm dificuldade de saber quanto da nova história precisam contar e quase sempre acabam detalhando fatos desnecessários.

    A seguir, vamos aprender o que fazer se a carapuça servir

    Como saber se alguém está mentindo

    Se você fosse acusado de assassinato, ficaria sob uma enorme pressão para mentir se fosse culpado. O risco é alto, e esse tipo de pressão pode levar a pistas físicas que podem te denunciar. Uma pessoa servindo prisão perpétua por assassinato, no entanto, virtualmente não sentiria nenhuma pressão quando mentisse sobre o assassinato, porque ela já está presa – a mentira não teria nenhuma conseqüência futura. Nesse caso, não são os detalhes verbais, e nem a linguagem corporal, que seria sua ruína.


    O que os olhos não veem o coração não sente?
    © istockphoto.com / Hongqi Zhang
    Agora você sabe como pegar um "duas-caras" no flagra.

    Veja como separar os mentirosos dos que contam a verdade:

    • Estabeleça um padrão de comportamento. Mentirosos podem olhar diretamente nos seus olhos, e quem conta a verdade pode ficar inquieto e parecer evasivo, então não procure uma característica específica. Primeiro, estabeleça comportamento, humor e maneirismos da pessoa naquele ponto particular do tempo, antes que você comece o questionamento. A pessoa está relaxada ou nervosa? Brava? Distraída? Repare no quanto ela pisca ou mantém contato visual. A pessoa toca na própria mão ou rosto enquanto fala?
    • Procure desvios no padrão de comportamento. A chave para detectar mentiras é procurar por desvios de um padrão de comportamento. Se a pessoa normalmente não mantém contato visual e pisca muito, mas encara você quando responde alguma pergunta em particular, esse é seu sinal de perigo.  Procure por pausas pequenas antes de respostas – esse é o tempo que o cérebro deles precisa para fabricar dados. O mentiroso pode agir como se estivesse ofendido por estar sendo questionado, mas subitamente afável quando a mentira está sendo contada, ou vice versa.
    • Ouça. Às vezes, pode não haver pistas visuais ou na linguagem corporal que acompanhem a mentira. Você tem que contar com a informação verbal que recebe. Os fatos somam algo à informação?  A pessoa está contando muitas informações que não são relacionadas à pergunta? Se alguém conta muitos detalhes, pergunte mais coisas. Esses detalhes podem ser a ruína dessas pessoas. Após inteirar-se de todos os pequenos detalhes, reveja o questionamento em toda a linha do tempo ou curso da história. Agora, foque novamente em algum detalhe pequeno. A história ainda bate? A pessoa está criando novos detalhes para explicar porque os outros detalhes não estão batendo com a história?
    • Pause. Para a maioria das pessoas, mentir – e a circunstância que requer contar uma mentira – é estressante. Se você está interrogando alguém, pause entre uma das respostas dele ou dela e sua próxima pergunta. Intervalos são um pouco desconfortáveis para a maioria das pessoas em uma interação social, e muito mais para uma pessoa que está tentando contar uma mentira. Essa pausa pode parecer uma eternidade torturante para um mentiroso. Veja se ele está inquieto, se tem microexpressões ou está com uma postura defensiva.
    • Mude de assunto. A melhor notícia que um mentiroso pode receber é saber que a mentira acabou. Quando a pessoa acredita que o tópico da conversa mudou, ela pode parecer visivelmente relaxada. Uma pessoa nervosa pode ficar aliviada, uma pessoa agitada pode sorrir. Essa tática também permite que você continue procurando desvios no padrão de comportamento ou até um retorno a ele.

      Mentiras da História

      Há quanto tempo o humano mente? (Não nos pergunte, nós provavelmente vamos mentir). Houve tantas mentiras enormes ao longo da história que é impossível acompanhar todas. Aqui estão algumas notáveis:
      • Propaganda de guerra. Uma mentira comum tecida ao longo da história é a que precede um ato agressivo não provocado. Os nazistas usaram essa tática antes da invasão alemã na Polônia. Uma série de ataques falsos em várias estações da fronteira da Alemanha fez o cenário perfeito para uma incursão “defensiva” no território polonês.

      Em agosto de 1964, houve dois incidentes informados de ataques navais do Vietnã do Norte contra navios dos Estados Unidos no Golfo de Tonkin, na costa do Vietnã. O segundo ataque, que supostamente ocorreu dois dias depois do primeiro, nunca aconteceu. As notícias iniciais foram o resultado de mau tempo e leituras falhas de radares e sonares. Mesmo que houvesse dúvidas quase imediatas sobre o evento, os supostos ataques foram usados como justificativa para a administração do presidente Lyndon B. Johnson iniciar ataques militares contra as forças do Vietnã do Norte.

      A volta do mentiroso
      Em 2003, o repórter americano Jayson Blair abalou de forma inédita a credibilidade de uma referência do jornalismo mundial, o diário The New York Times. Hoje, ele ressurge como life coach.
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      Os Estados Unidos e a União Soviética disseminaram propagandas durante a Guerra Fria. Uma boa parte delas tinha a intenção de influenciar a percepção pública sobre a força e intenções de cada país. As duas nações tentaram convencer a população da outra que eles viviam em uma sociedade corrupta, enquanto simultaneamente tentavam convencer seus próprios cidadãos que a outra nação estava a ponto de atacar. Cada nação “inflou” o poder militar da outra para manter seus cidadãos preocupados e com medo, e também para justificar o aumento das despesas com força armada e defesa.
      • Escândalos sexuais. O ex-presidente John F. Kennedy encobriu seus casos extraconjugais, e vários outros políticos fizeram o mesmo. O senador americano Strom Thurmond, um segregacionista devoto por quase toda sua carreira política, teve um filho aos 22 anos com uma mulher afro-americana que trabalhava para sua família. Em 1998, o então presidente Bill Clinton anunciou ao mundo que não teve “relações sexuais com aquela mulher, senhorita Lewinsky”, referindo-se à estagiária da Casa Branca Monica Lewinsky, com quem ele teve relações sexuais.
      • Mentiras na imprensa. O cargo do repórter Jayson Blair no jornal New York Times vai por água abaixo. Em 2003, o jornalista de 27 anos admitiu que fabricou dezenas de histórias, inventou citações e enviou reportagens de cidades ao redor do país quando na verdade ainda estava em Nova York.
      • Mentiras de espiões. Em 1986, o analista da CIA Aldrich Ames tinha acabado de começar a trair seu país ao vender informações secretas para os soviéticos quando descobriu que teria que passar por um teste rotineiro de detector de mentiras. Nervoso, Ames pediu conselhos aos seus contatos soviéticos, pensando (corretamente) que se alguém sabia como enganar um detector de mentiras americano, eram os soviéticos. A resposta que os soviéticos deram a Ames parecia simples demais, mas Ames sabia que seu valor para eles era tão alto que eles nunca dariam uma resposta leviana.

      O que eles disseram a Ames? “Durma bem, descanse, e vá ao teste relaxado. Seja simpático com o examinador do polígrafo, desenvolva um bom relacionamento, seja cooperativo e tente manter sua calma”. [fonte: Weiner]. Foi o que ele fez, e ele passou.

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