sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Passes



A rigor qualquer passe constitui uma terapia fluídica, entretanto, o termo fluidoterapia tem sido, geralmente, reservado para designar um tipo especial de passe, sempre executado por um grupo de passistas, com duração um pouco maior que a do passe tradicional e que, normalmente, se destina a corrigir irregularidades, mais ou menos graves, da estrutura do perispírito, que estejam a comprometer seriamente a vitalidade e funcionalidade do organismo do paciente.

As sessões de fluidoterapia contam sempre com a participação de grupos de trabalhadores espirituais, os quais, de fato, é que realizam fundamentalmente toda a tarefa, cabendo aos participantes encarnados apenas auxiliar no processo, principalmente na dispersão e doação de fluidos. Em muitos casos, são utilizados, pela espiritualidade, equipamentos complexos e sofisticados que são aplicados ao paciente. A fluidoterapia requer a participação de pelo menos três passistas experimentados, exigindo-se deles o máximo empenho no sentido do condicionamento individual, além de uma satisfatória harmonização interior.

A formação dos grupos de fluidoterapia deve ser feita entre os passistas mais dedicados e equilibrados da instituição. A participação de médiuns videntes ou auditivos, quando possível, é sempre muito interessante, pois, com isso, o relacionamento entre encarnados e desencarnados toma-se muito mais fácil e preciso. A indisponibilidade de elementos possuidores das mediunidades referidas, para compor a equipe, ou equipes, não deve representar, contudo, impedimento para a sua formação. Lembremo-nos de que há sempre o recurso da intuição.

A preparação para os trabalhos de fluidoterapia é a mesma recomendada para o passe tradicional, só que aqui as recomendações devem ser seguidas de modo muito mais rigoroso. A aplicação da fluidoterapia deve ser feita de preferência com o paciente deitado, se bem que, se isso não for possível, ele pode ser colocado sentado em uma cadeira posta no centro da sala, enquanto os passistas se posicionam em sua volta. Os passistas podem permanecer de pé, ou sentados.

Devem ser atendidos no máximo seis ou sete pacientes por sessão, sendo que este número deve ser fixado pelo próprio grupo, à proporção que for vivenciando a experiência do trabalho. O tempo que se dedica a cada paciente pode variar um pouco de caso para caso, embora, normalmente, situe-se entre cinco e dez minutos. A sessão como um todo não deve exceder de uma hora, pois o desgaste dos participantes é sempre muito maior que em qualquer outro tipo de passe.


É desejável que os grupos de fluidoterapia observem um intervalo de duas semanas entre as intervenções, muito embora este intervalo possa ser reduzido para uma semana, em vista de situações especiais. A formação de dois grupos é sempre muito conveniente porque assim eles podem se revezar, possibilitando o atendimento semanal dos pacientes, mantendo, contudo, o intervalo de duas semanas para os trabalhadores. O número de sessões de fluidoterapia a que cada paciente é submetido varia muito de caso para caso, podendo chegar a dez ou doze nas situações mais graves.

Da mesma forma que nos passes usuais, a fluidoterapia é aplicada em duas fases. Em cada paciente, primeiro, um dos participantes da equipe faz a limpeza fluídica — dispersão —, sempre do modo mais meticuloso possível e, depois, um outro passista faz a imposição de mãos, funcionando os demais como doadores de apoio. Dentro da equipe, a posição que produz maior desgaste é sempre a de imposição e por isso é que se recomenda o revezamento a cada dois ou três pacientes. Com o revezamento, evitar-se-á que determinado elemento do grupo sofra sobrecarga excessiva.

Já a posição de menor desgaste é a de dispersão, embora todos, em maior ou menor grau, contribuam na doação de fluidos. Deve-se ressaltar que a doação de fluidos é feita em alguns momentos visando aos centros vitais, enquanto que em outros é dirigida diretamente a determinada parte do organismo, ou órgão específico do paciente, tudo devidamente orientado pela espiritualidade através da intuição ou de outro meio qualquer. É sempre bom quando o passista que faz a imposição tem conhecimento da deficiência orgânica do paciente, pois assim será mais fácil orientar-se.

Após cada sessão de fluidoterapia os elementos que formam o grupo de trabalhadores devem procurar, através de repouso e alimentação adequada, recuperar-se do dispêndio de energias. Se qualquer sinal de debilidade ou sintoma de enfermidade fluídica se apresentar como decorrência do trabalho de fluidoterapia, o grupo deve se reunir, discutir o problema, ou consultar pessoa de maior experiência, ou mesmo a própria espiritualidade, a fim de se identificar e eliminar a causa, ou causas, que deram origem a tais desequilíbrios. Quando praticada com método e o devido preparo, não há quaisquer referências a comprometimentos na saúde dos que se dedicam ao serviço da fluidoterapia. Ela é, na verdade, mais uma oportunidade bendita da prática da caridade e amor ao próximo.

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