terça-feira, 22 de novembro de 2011

Os animais cometem suicídio?


O documentário "White Wilderness" (Imensidão Branca) exibido pela Disney em 1958 popularizou a ideia de que os lemmings (em inglês) – pequeno roedor típico da Escandinávia – ocasionalmente se suicidavam em massa, pulando de precipícios para se jogar no mar e assim abrandar uma explosão populacional que por ventura tenha ocorrido. Como conseqüência, uma geração de crianças cresceu acostumada à ideia de que o suicídio existe no reino animal. Tudo indica, no entanto, que isto não é verdade.

Suicídio é “o ato de tirar a própria vida de forma voluntária e intencional”, de acordo com a definição literal da palavra em dicionário, e a grande maioria dos especialistas não acredita que os animais sejam capazes de tal. No entanto, não há como negar que os animais, em algumas ocasiões, morrem de maneiras estranhas e que podem aparentar um suicídio. Se um animal aquático desprende a si mesmo de seu ambiente aquático, por exemplo, pode parecer suicídio para quem olha de fora.

Suicídio animais
©iStockphoto.com/Dave McAleavy
As baleias muitas vezes acabam morrendo encalhadas por seguirem suas presas perto da costa

Mas especialistas tendem a atribuir tais “loucuras” a fatores como doença, lesão, idade avançada ou perda de sentido. As baleias muitas vezes seguem suas presas tão perto da costa, aventurando-se em águas rasas e perigosas para evitar predadores, que acabam morrendo encalhadas.

Outro fenômeno observado é o comportamento autoprejudicial. As causas exatas são desconhecidas e provavelmente variam caso a caso, mas potenciais fatores incluem estresse, isolamento, medo, doença, desnutrição e tédio. Pássaros, por exemplo, podem arrancar algumas ou todas as suas penas, deixando-os algumas vezes completamente sem elas antes de começarem a bicar o próprio corpo. Primatas podem morder-se, e cachorros e gatos podem se lamber excessivamente.

Essas ações tendem a acalmar e ajudam os animais a lidar com suas situações, mas também podem ser uma ameaça para a saúde do animal, dependendo da sua gravidade. Normalmente, o primeiro passo é procurar por uma condição médica que explique este tipo de comportamento. A partir de então, é preciso medicar o animal e evitar fatores adicionais que possam agravar a situação.

Nenhum comentário:

Postar um comentário