quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Mediunidade




A mediunidade é a capacidade que algumas pessoas têm de servir de intermediárias entre o plano espiritual e o plano material. A mediunidade apresenta-se de diversas maneiras e com muitas intensidades diferentes. Há pessoas que apenas escutam os espíritos, outros apenas vêem, outros ainda ficam sabendo o que vai acontecer através de sonhos, e assim, sucessivamente.
Mas, se a mediunidade se apresenta de maneiras tão diversas, em contrapartida possui apenas uma finalidade: Servir de instrumento para o auxílio do próximo. Neste artigo, relacionamos dúvidas mais comuns acerca da mediunidade, numa tentativa de responder às indagações que achamos mais comuns ou mais importantes a serem esclarecidas.
1) Eu vejo vultos e ouço vozes. Sou médium?
Não necessariamente. Muitas vezes estamos passando por processos obsessivos, ou seja, estamos tendo o nosso campo mental bombardeado por mensagens de ódio enviadas por algum espírito com o qual temos algum tipo de débito do passado. Nessas situações, é muito comum a pessoa depois de algum tempo, de tanto ter aquele espírito próximo a ele, começar a assimilar as suas vibrações e, assim, até mesmo começar a percebê-lo com mais intensidade. Em casos assim, devemos procurar um centro espírita bem orientado e fazer um tratamento espiritual de desobsessão. Uma vez que a terapia de desobsessão tenha sido realizada com sucesso, oque mais ocorre é que a pessoa deixa de ter esses eventos ‘mediúnicos’, o que deixa claro que ela não era médium e sim ‘estava’ médium, em função de uma determinada circunstância
Entretanto, se após o tratamento ter sido concluído com êxito, os fenômenos continuarem, então devemos buscar o Estudo Sistematizado da Mediunidade, que trata-se de um curso oferecido gratuitamente na casa espírita, para que possamos lidar melhor com a nossa mediunidade. Portanto, para que consideremos que a pessoa é dotada de mediunidade, é necessário que os fenômenos sejam persistentes, ou seja, que ocorram com determinada frequência e ao longo de um determinado tempo, e não sejam algo esporádico, circunstacial.
2) Fui em um centro espírita porque estavam ocorrendo alguns fenômenos espirituais comigo. Lá chegando disseram que eu deveria desenvolver a minha mediunidade. Isso está certo?
Não. De forma alguma.  Infelizmente, há pessoas que fazem parte de uma casa espírita mas não estudam e, por isso, acabam falando coisas sem lógica.
Primeiro, ninguém desenvolve a mediunidade. Em um centro espírita, há cursos específicos para que as pessoas eduquem a sua mediunidade. O objetivo é ensinar as pessoas a lidarem com a mediunidade que possuem, de forma equilibrada e harmônica. Desenvolver a mediunidade significaria dizer que a pessoa aumentaria a sua capacidade mediúnica, o que não ocorre. O que ocorre é que a pessoa aumenta a sua habilidade em lidar com os fenômenos, e isso faz uma enorme diferença.
Em segundo lugar, o prudente é fazer um tratamento espiritual e, somente depois, persistindo os eventos, devemos iniciar os estudos e, após eles, a prática na casa espírita.
3) Porque alguns médiuns espíritas cobram para atender e outros não?
Para responder, precisamos esclarecer os termos.
Médium é qualquer pessoa que possui a capacidade de comunicar-se com os espírito, tenha esta pessoa religião ou não. Já o Médium Espírita é o médium que professa os postulados espíritas. A diferença parece pequena mas, na verdade, é gigantesca!
A maior delas é quanto á conduta moral. Um médium espírita jamais cobraria para ajudar as pessoas. Nem tampouco ficaria alardeando aos quatro ventos que estaria fazendo atendimentos. Isso se justifica pelo fato de os espíritos se comunicarem quando querem e não quando nós queremos. Como dizia Chico Xavier: “O telefone só toca de lá para cá…”
A mediunidade para os espíritas é alvo de muito respeito e partilhamos dos ensinamentos de Jesus quando orientava a ” Dar de graça o que de graça recebemos.”
isso tudo não impede que muitos charlatães se apresentem, justamente como se espíritas fossem, seja para melhor enganar suas vítimas, seja para transmitir um ar de respeitabilidade.
4) Eu fui atendida por uma médium vidente que acertou coisas da minha vida e depois fez previsões do meu futuro. Ela também não me cobrou a consulta, pediu apenas que desse uma contribuiçãozinha… Devo acreditar nela?

Eu não acreditaria. Muitas pessoas ficam impressionadas porque a vidente, cartomante, sensitiva ou seja lá como se autodenomine, acertou coisas da sua vida. Isso não significa muita coisa. E explicamos o motivo: ocorre que muitas dessas pessoas têm realmente mediunidade, ou seja, elas realmente têm capacidade de se comunicar com os espíritos. Mas como fazem da mediunidade um meio de vida, nenhum, repito, nenhum espírito sério irá trabalhar com ela. Ora, se ninguém honesto irá estar ao seu lado, o que ocorrerá é que os espíritos maus ocuparão esse lugar. E dessa forma, quando a pessoa chega para ser atendida, o espírito irresponsável que está ao lado da médium simplesmente relata o que vê. Basta que esse espírito observe as imagens que trazemos impressas em nosso perispírito, em nosso corpo espiritual. O médium então transmite para a pessoa aquelas informações… que fica impressionada! Simples, não?< /div>
Depois que a pessoa ficou impressionada com a capacidade da vidente, facilmente passará a acreditar em qualquer coisa que ela lhe diga. E, aí, como nem ela, nem tampouco os espíritos inferiores que a cercam, tem capacidade de prever o futuro, tudo que será dito será puro lixo.
Quanto ao fato de não cobrar pela consulta, mas ‘apenas pedir uma contribuiçãozinha’ trata-se apenas de um truque de marketing, já que uma consulente crédula tenderá a ser muito grata e, assim, acabará contribuindo mais do que o valor que ela estipularia pela ‘consulta’.
O alerta que fazemos é que muitas vezes nossos obsessores espirituais (e quase todos nós os temos), aproveitam-se dessa situação para sugerir idéias venenosas ao médium, que a retransmitirá à pessoa crédula.
Conhecemos mais de um caso assim, entre eles o de uma jovem que foi levada a crer que seu esposo a traía, o que causou inúmeros sofrimentos ao casal como um todo e ao marido em particular, que jamais tivera tal comportamento…
5) O médium é uma pessoa especial?

Não. O médium é uma pessoa como qualquer outra. O que fará o médium uma pessoa especial é a mesma coisa que faz qualquer outra pessoa especial: A sua transformação moral e o esforço que emprega em domar as suas mas inclinações.
6) Devemos acreditar em tudo que os espíritos dizem?
Não. Da mesma forma que não devemos acreditar em tudo que qualquer pessoa nos diz, assim devemos proceder com os médiuns e, principalmente, com os espíritos.
Os médiuns cometem erros como qualquer humano, pois o são igualmente (mesmo que algumas pessoas acreditem que médiuns são seres diferentes de nós…).
Da mesma forma, os espíritos erram. Erram por serem justamente iguais a nós, ou seja, os espíritos nada mais são do que nós mesmos com a única diferença de que eles não têm mais corpo físico. Mas isso não muda em quase nada a sua maneira de pensar nem tampouco os tornam seres iluminados do dia para a noite.
Devemos agir sempre com respeito em relação ao que nos dizem os espíritos, mas sempre submetendo suas informações ao crivo e á lógica espírita. Caso sejam aprovadas, ótimo. Do contrário, basta desprezar tais informações.
6) Devo acender velas para atrair meu guia espiritual?
Se seu guia precisar de vela para achar você, melhor procurar outro…
Brincadeiras á parte, o que queremos dizer é que nenhum espírito se sentirá atraído por amuletos e rituais. Eles se aproximarão de nós pela prece e por nossa conduta moral. Velas, amuletos, banhos, cheiros, ervas, incensos e tudo o mais são criações infantis de uma humanidade ainda presa ao ritualismo exterior, incapazes de compreender que o universo é energia e o maior dínamo gerador de energias é justamente o coração humano quando ama, quando ampara, quando auxilia, quando pratica os ensinamentos do nosso Mestre Jesus.

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