sexta-feira, 3 de julho de 2015

" Radiestesia e a letra que mata"

Oscilando...,Movimentando...,Pendulando..., "d"...,"i"..., "a"...,"b"... 
Um principiante Radiestesista,logo no inicio pensa que Radiestesia é um coisa "mística",alguns, na verdade a usa com objetivo fazer contato com almas ou entidades do mundo sobrenatural e logo tem o princípio de pendular em cima de letras para,talvez,formar um nome próprio,um lugar ou um endereço. 
Nas vogais a cima,a letra "O" era a que faltava para formar uma consoante,você continuaria ou pararia? 
A história de uma palavra mostra-nos as suas transformações ao longo do tempo. O termo "diabo" não fugiu à regra. Nas crenças populares gregas da antiguidade, era usada para designar os espíritos dos falecidos, que dispunham de forças sobrenaturais, intervindo de modo extraordinário na natureza e na vida dos homens, e contra os quais os homens deviam se defender através da magia. 
Os filósofos gregos o elevou à esfera do divino, por isso o "daimon" socrático. 
O termo "demônio" não é citado no espiritismo, ele existe no Novo Testamento, onde os Evangelistas confundem os "demônios" com Satã. Quer dizer, o "diabo" ou "demônio" só surge com a influência grega.
Na época do Novo Testamento, as almas dos mortos, assimiladas às das divindades, foram confundidas com as manes, os lares e os gênios latinos. Estas concepções penetram a Palestina. Com a vinda dos romanos, o "Demônio" grego transforma-se em "Diabo", cujo significado passou a ser "espírito da mentira" ou "caluniador".
O "Daimon" grego passa a ser o "Diabolus" romano. Na Baixa Idade Média, o "Diabolus" romano ganha força. Como o "Diabolusromano" era um "espírito mau", passou a designar o espírito mau hebraico, Satã. 
Para explicar a sua presença como tentador do mundo, os padres da Igreja recorreram à lenda da revolta do anjo Azazel, dos Livros de Enoque, que eram apócrifos. 
Lúcifer - o Príncipe dos Demônios não é referendado na Bíblia,apresenta-se como  sinônimo de "Diabo","Demônio" e "Satanás". Este nome surgiu na Baixa Idade Média, baseado numa divindade associada ao planeta Vênus. 
Os teólogos, para criar o termo, recorreram ao Livro de Enoque, considerado apócrifo, do qual restam vestígios na Bíblia, em Gênesis, 6.
"Lúcifer, produto da teologia cristã, foi associado aos "diabos" ou Satã, ao conceito de "demônio" dos gregos e ao princípio do dualismo Bem e Mal do Zoroatrismo, entre outras tradições".
Satã significa "o adversário", "o acusador". O termo "acusador" existia no Império Persa, cuja função era a de percorrer secretamente o reino e fiscalizar tudo o que estava sendo feito de mal no sentido de apresentar denúncias diante do Imperador, que mandava chamar os funcionários faltosos e os castigava.
Com a evolução da doutrina religiosa judaica, Satã acabou se convertendo, de um acusador dos pecados dos homens, num deus secundário, oposto a Javé. 
Satã não é Lúcifer. Ele não é um anjo que se revoltou contra o Senhor. Ele é apenas um acusador, ou seja, um dos olhos do Senhor, que anda pela Terra e comparece perante o Senhor para acusar. 
Na Idade Média surge a "Demonologia", ciência dos "demônios", cujo objetivo era fazer um tratado sobre os "demônios".
Lúcifer-Satã-Diabo-Demônio, ao cair, levou muitos consigo. 19 anjos principais e uns 200 liderados que teriam “caído”.
A 1.ª medida da demonologia foi o recenseamento do Inferno, no sentido de estabelecer o número de "demônios" que ali habitavam. Foram contados 7.045.926 demônios.
Havia também movimentos políticos no inferno. Satã, o diabo grosseiro, da luxúria e da gula, dos defeitos capitais dá um golpe de estado, depondo lúcifer do comando. 
Radiestesia pergunta: "Há demônios, no sentido que se dá a essa palavra?"
Radiestesia responde: "Se houvesse 'demônios', eles seriam obra de Deus. E Deus seria justo e bom, criando seres infelizes, eternamente voltados ao mal?"
A palavra "demônio" não implica a idéia de Espírito mau, a não ser na sua acepção moderna, porque o termo grego "daimon", de que ele deriva, significa gênio, inteligência, e se aplicou aos seres incorpóreos, bons ou maus, sem distinção. 
Os homens fizeram, com os "demônios", o mesmo que com os "anjos". Da mesma forma que acreditaram na existência de seres perfeitos, desde toda a eternidade, tomaram também os Espíritos inferiores por seres perpetuamente maus e também com as suas alegorias,de chifres,rabo e tridente,embora,cada item tem seu significado. 
A palavra "demônio" deve portanto ser entendida como referente aos Espíritos impuros, que freqüentemente não são melhores do que os designados por esse nome, mas com a diferença de ser o seu estado apenas transitório. São esses os Espíritos imperfeitos que murmuram contra as suas provações e por isso as sofrem por mais tempo, mas chegarão por sua vez à perfeição quando se dispuserem a tanto. 
Para a Radiestesia é errado fazer contato com os mortos,deve ser feita apenas por pessoas que dominam o seu mundo interior e que são espiritualmente mais fortes, e a prática deve ser utilizada por Radiestesistas apenas como fonte de pesquisas, pois do contrário, é possível abrir portais dimensionais nos quais podem entrar não apenas espíritos, mas também entidades maléficas ou até espíritos trevosos. 
A Radiestesia afirma ainda que pode afetar indivíduos de forma emocional e física, principalmente aqueles suscetíveis a estas alterações. 
Relatos contam como pessoas sofreram com crises epilépticas devido a sua sensibilidade a tensão e não, necessariamente a um motivo sobrenatural,outros se envolveram com drogas, desilusões amorosas e até que morreram após praticarem esse tipo de experiência com a Radiestesia, cuja "letra" era a que mata por  morte misteriosa.
Especialistas em Radiestesia espirita alertam que brincadeira ou curiosidade desse nível atrai espíritos obsessores cuja possessão é de difícil separação. 
O progresso é uma lei natural, compulsória e inexorável, que nos impulsiona sempre para frente,o espírito encarnado tem a sua experiência no planeta Terra, ele não perde o seu progresso adquirido, não regride moralmente e intelectualmente, apenas tem que ter as suas experiências num mundo mais hostil, justamente para se equilibrarem no campo moral.
O tema," Radiestesia e a letra que mata",leva-nos a refletir sobre a nossa condição humana, especificamente na relação que temos com o conhecimento da verdade. 
Em nosso dia-a-dia produzimos idéias. As idéias formam o nosso pensamento. O pensamento dirige-se à verdade das coisas. A percepção da verdade das coisas está subordinada ao nosso grau de evolução espiritual e intelectual. Por isso, diz-se que somente atingiremos a verdade quando pudermos ter um perfeito relacionamento entre o sujeito e o objeto, ou seja, somente quando o objeto refletir-se fielmente na mente do sujeito.  Para que isso se dê, temos que desobstruir a nossa mente dos preconceitos e das diversas idiossincrasias automatizados em nosso subconsciente.  
Assim temos os "anjos" e os "demônios", simbolizados pelas influências que recebemos dos Espíritos que nos acompanham. De acordo com a instrução da Radiestesia e do espiritismo, somos monitorados por uma avalanche deles. Nesse sentido, há os Espíritos bons que nos incentivam ao bem e os maus que induzem ao mal.
Brincando de ser Radiestesista ou numa experiência evasiva com ela,podemos despertar uma fúria de espíritos maus que nos dominarão e influenciarão nos nossos pensamentos e ações negativamente e "coisas estranhas" passarão nos acontecer: doenças,perdas financeiras,perdas de ente queridos,acidentes simples e os seguidos de morte e etc.. 
Numa pendulação radiestésica,aceitar ou não sugestões de "coisas ocultas" é um trabalho que depende de nossa vontade e de nossa perseverança. É preciso tomar cuidado, porque há sempre um primeiro momento, um primeiro convite, principalmente no que diz respeito à entrada pela porta larga da perdição. 
Na Revista de Radiestesia datada de 1862, Voltaire faz uma "mea culpa" sobre os desvios que permitiu a si mesmo quando esteve encanado no século XVIII, em França. Conta-nos que tinha recebido toda as inspiração necessária para ser um dos divulgadores de idéia de Deus e do Evangelho de Jesus e perdeu-se por sua vaidade, ou seja, por querer ver o seu nome estampado nos anais de ciência e da filosofia terrena.
Radiestesia com diálogo entre o ORGANIZADOR DE OBSESSÕES e os seus sequazes, cujo objetivo era impedir o avanço da evolução espiritual das pessoas,no que tange aos novos horizontes que este abria na mente humana,descreve que "Eles" agem como Cristo na Antiguidade: não há meio de isolá-los na prece inativa; em vez de se ajoelharem, caminham. É indispensável encontrar um meio de esmagá-los, destruí-los..."
O obsessor exaltado, o obsessor violento, o malfeitor recruta, o obsessor confusionista, o malfeitor antigo e o obsessor "fabricante" de dúvidas dão suas sugestões as pessoas que dão ouvidos a "eles", mas são rechaçadas pela Radiestesia espírita. Por último, surge o VAMPIRIZADOR EXPERIENTE, que sugere: “Será fácil treinar alguns milhares de companheiros para a hipnose coletiva em larga escala e faremos com que essas pessoas sejam influenciadas por nós,assim,e desse modo,enquanto estiverem preocupados com o mundo material e seus ganhos pessoais e nem preservar a postura moral,não disporão de tempo algum para se cuidarem e se tratarem,estarão vulneráveis,pois são fracos,orgulhosos e preconceituosos.
Os "anjos" e os "demônios", como vimos, significam respectivamente os bons e os maus Espíritos. Eles estão sempre ao nosso derredor. Saibamos ao iniciar uma Radiestesia,de elevar os nossos pensamentos através da prece e da prática da caridade para que os bons venham ao nosso encontro e os maus sejam rechaçados.
Mas o que é o bem? O que é o mal? O que é Deus? E os Homens? 
Utilizo essas perguntas para a introdução deste tema, que se subdividirá em: "a letra que mata", a origem do mal, as necessidades humanas e o bem versus o mal".
Bem – Designa, em geral, o acordo entre o que uma coisa é com o que ela deve ser. É a atualização das virtualidades inscritas na natureza do ser. Relaciona-se com perfeito e com perfectibilidade. Segundo o Espiritismo, tudo o que está de acordo com a lei de Deus.
Mal – Para a moral, é o contrário de bem. Aceita-se, também, como mal, tudo o que constitui obstáculo ou contradição à perfeição que o homem é capaz de conceber, e, muitas vezes, de desejar. Divide-se em: 
*mal metafísico,(imperfeição); 
*mal físico,(sofrimento); 
*moral,("pecado"). 
Segundo o Espiritismo, tudo o que não está de acordo com a lei de Deus.
A questão das mudanças de minha avaliação é um dos pontos centrais para o entendimento do bem e do mal. 
O valor moral,(refere-se à ação); valor estético,(refere-se ao dever-ser);valor religioso,(refere-se ao sentimento de temor ou de confiança na divindade). Sendo assim, um fato pode ser analisado, respectivamente, como proveniente de uma ação má, feia ou "pecaminosa".
De acordo com a Doutrina Espírita, o problema do bem e do mal está relacionado com as leis de Deus e o progresso alcançado pelo Espírito ao longo de suas várias encarnações. 
Mas o que é Deus?
Deus é um Espírito incriado ente infinito, eterno, sobrenatural e existente por si só; causa necessária e fim último de tudo que existe.
O MAL NÃO PODE TER ORIGEM EM DEUS!
Muitos pensam que Deus, que é o criador do mundo e de tudo o que existe, também é o criador do mal. Para tanto, as religiões dogmáticas elaboraram uma série de raciocínios sobre "ademonologia", ou seja, o tratado sobre o "diabo". 
Baseando-se nessas imagens, seríamos forçados a crer que existem dois deuses, digladiando-se reciprocamente. A lógica e os ensinamentos da Radiestesia e do espiritismo apontam-nos, porém, para a existência de um único Deus, que é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas. Como um de seus atributos é ser infinitamente bom, Ele não poderia conter a mais insignificante parcela do mal. 
Assim, Dele não pode provir a origem do mal, o mal existe e deve ter uma origem. Mas onde estaria? Estará numa "letra que mata?"
O mal tem uma causa. Há, porém, males físicos e morais. Há os que não se pode evitar,(flagelos) e os que se podem evitar (vícios).Porém, os males mais numerosos são os que o homem cria pelos seus vícios, os que provêm do seu orgulho, do seu egoísmo, da sua ambição, da sua cupidez, de seus excessos em tudo. No que tange a Radiestesia,o homem recebeu essa inteligência e com ela consegue amenizar muitas dores e resolver muitos problemas.
No sentido moral, o mal só pode estar assentado numa determinação humana, que se fundamenta no livre-arbítrio. Enquanto o livre-arbítrio não existia, o homem não cometia o mal, porque não tinha responsabilidades pelas suas ações. Conforme os amigos espirituais foram nos facultando tal liberdade, tivemos que fazer escolhas e com isso errar e conseqüentemente praticar o mal.
Quando começarmos a dar valor à moral, nosso progresso começa a se fundamentar. Necessidade é a consciência de que nos falta algo. 
E por que nos falta algo? Porque a necessidade, sendo um estado de espírito e um atributo do homem subjetivo, impõe ao homem este ou aquele desejo. As necessidades podem ser: 
a) prioritárias: comer, beber, dormir etc.; 
b)secundárias: vestir-se bem, passear, cinema etc.
Em termos espirituais, as necessidades vão se depurando conforme vamos galgando novos degraus de evolução espiritual. Há, assim, muita sabedoria no provérbio: "Deus, livra-me das minhas necessidades". 
Deveríamos deixar de lado os apetites da carne e nos direcionarmos para os anseios do Espírito.
A letra que mata é a letra dos vícios,que são as ações que tendem para mal. O vício surge não pelo fato de atender a necessidades, mas nos excessos. São muitos os nossos vícios, um deles deve se ao fato de pessoas ficarem viciadas em jogo. Outro perigo que os Radiestesistas afirmam ocorrer com as pessoas diz respeito a histeria em massa provocadas pela sugestão que algo de ruim pode acontecer quando elas pergunta ao pendulo à "letra" que reponde. 
"Não te deixes vencer pelo mal, mas vence o mal com o bem".
A Radiestesia lembra-nos de que depois de um temporal,(mal), em que parece ter destruído a paisagem, novas forças congregam-se para a obra de refazimento: "O sol envia luz sobre o lamaçal, curando as chagas do chão, o vento acaricia o arvoredo e enxuga-lhe os ramos, o cântico das aves substitui a voz do trovão... A árvore de frondes quebradas ou feridas regenera-se, em silêncio, a fim de produzir novas flores e novos frutos". 
Com isso,aprender a lidar com o pendulo para o bem de seu próximo,ou seja,não devemos usar esse "instrumento de comunicação com Deus" para coisas fúteis,para o mal,ou apenas fazer um simples contato com espíritos "doentios", devemos nos concentrar no bem, estendendo-o ao infinito, porque o mal é passageiro e fruto da ignorância humana. 
Jesus dizia que o joio deveria crescer junto com o trigo. Contudo, no momento aprazado separaria um do outro. O trigo representa o bem; o joio, o mal. Os dois devem crescer juntos, ou seja, não há dualismo entre um e outro, pois o mal é sempre visualizado como a ausência do bem. Ele só surge quando o bem não se fez presente. É como o ladrão que rouba. Ele só rouba porque não houve antes uma prevenção.
Resistir a tentação de desvendar o ocultismo,de fazer contato com a "letra que mata",que depois de escrita indevidamente,o mal significará suportar pacientemente a sua presença, mas sem perder de vista o bem. 
De certo,haverá tentações, desânimo, mal-entendidos e incompreensões alheias para os fracos e curiosos da Radiestesia,aqueles sem propósitos que se deixarão morrer pela letra que mata. 
Não nos detenhamos apenas em praticar atos de caridade; sejamos também caridosos. Auxiliemos o próximo, não por uma espécie de convenção social, mas como um arroubo que parte do íntimo de nosso coração,e a Radiestesia se oferece a esse propósito.
Que a letra que você escreva pela Radiestesia seja sempre formada de palavras belas,amorosas,significativas e construtivas.
Namastê!
Pesquisado de:
http://www.ceismael.com.br/artigo/
Sérgio Biagi Gregório

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