sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

"Cremação, o processo"


O espírito desencarnado sofre quando seu corpo é queimado? Quais são os motivos que estão levando um número cada vez maior de pessoas a optar pela cremação? O que a Radiestesia aconselha?
A cremação é a técnica funerária em que o corpo é reduzido a cinzas através de um processo de incineração. Algumas fontes na internet, como o jornal do Senado Federal, divulgam que a cremação custa a partir de R$ 300,00 e pode chegar a até R$ 12 mil, dependendo da qualidade do caixão e da urna. Já no Crematório Municipal de Vila Alpina, o mais antigo do Brasil, fundado em 1974, os custos variam de R$ 290,00 a R$ 17.000,00, de acordo com o pacote de cerimônia, velório, transporte e urna contratado pela família. Confira a seguir como é o processo de cremação, destino final de personalidades como o ex-vice-presidente José Alencar (2011), o ex-presidente e senador Itamar Franco (2011) e os atores Marcos Paulo (2012) e Walmor Chagas (2013).

Após o velório do defunto, o corpo é levado para uma sala refrigerada. No Brasil, é comum aguardar em torno de 24h antes de começar o processo de cremação,(o ideal são 72hs), onde o corpo é colocado no forno com roupas e o caixão incluso. Já no caso da imagem acima, em crematório nos Estados Unidos, o corpo é embrulhado e colocado em uma caixa de papelão
Devidamente "empacotado", o corpo segue para o forno
O corpo é colocado em um forno com temperatura em torno de 1.200ºC. Esse calor faz a madeira do caixão e as células do corpo evaporarem, passando do estado sólido para o gasoso, enquanto outras substâncias são carbonizadas.No forno com temperatura em torno de 1.200ºC, o cadáver leva 2 horas para desaparecer, em média. Sobram apenas partículas inorgânicas, como substâncias que formam os ossos e resistem ao calor.


Os ossos,como o crânio é mais resistente,parece ficar "intacto". Nesse caso, a matéria que sobra é esfarelada manualmente na retirada das cinzas dentro do forno.
Ao desligar o forno, começa o processo de remoção das cinzas.Com uma pá, os restos mortais incinerados são arrastados para uma pequena valeta no forno, que leva a um receptáculo.Pequenos pedaços de cinzas que caem no chão são varridos.A matéria que não foi completamente incinerada e não virou pó é recolhida para ser colocada em um triturador.As partículas maiores são colocadas no triturador para virar pó.Após o processo de tritura, sobra apenas o pozinho que será colocado na urna e está finalizado o processo de cremação.
Como vimos,este é o processo físico ,agora vamos para o processo espiritual na pesquisa da Radiestesia.

Quando se estuda o comportamento da Humanidade ao longo dos milênios, observa-se a nítida preocupação do homem com seu futuro após a morte. Um indivíduo é declarado oficialmente morto no momento que cessam suas funções vitais. Como cada grupo recebe a herança social e religiosa das tradições cultivadas pelas gerações anteriores, cabe aos membros do grupo que o indivíduo pertence cumprir os ritos tradicionais até a instalação definitiva do corpo em sua morada.
INUMAÇÃO E CREMAÇÃO
A Inumação é o ritual mais praticado. Consiste no sepultamento do cadáver em campas, geralmente no cemitério da comunidade.Cremação, ato de queimar o cadáver reduzindo-o à cinzas colocadas em urnas e em seguidas sepultadas ou esparzidas em local previamente determinada. Embora conhecida e praticada desde a mais remota antiguidade pelos povos primitivos da Terra não é muito utilizada.
O fogo passou a ser utilizado pelo homem na Idade da Pedra Lascada e, pela sua pureza e atividade, era considerado pelos Antigos como o mais nobre dos elementos, aquele que mais se aproximava da Divindade. Com a eclosão da religiosidade, o ser humano foi descobrindo que havia algo entre o Céu e a Terra e o fogo passou a ser utilizado em rituais religiosos.

Predominava a crença que ao queimar o cadáver, com ele seriam queimados todos os seus defeitos e ao mesmo tempo a alma se libertaria definitivamente do corpo, chegando ao céu purificada e não retornaria à Terra em forma de "aparições" assustando os vivos.
A cremação teve como base a força purificadora do fogo. Nos últimos tempos, em todo o continente europeu tem sido encontradas vasilhas do Período Neolítico (Idade da Pedra Polida) cheias de cinzas do indivíduos. Esses indícios revelam que a cremação já era praticada nos primórdios da Civilização Terrena.
Com o decorrer dos séculos a cremação foi se tornando prática consagrada no oriente (Índia, Japão, etc), regiões da Grécia e Antiga Rosa onde viviam civilizações adiantadas que utilizavam o processo graças ao "status". Entre os povos ibéricos tornou-se um rito generalizado, precedido de músicas, bailes e até banquetes. Com estas cerimônias esperava-se obter atitudes benévolas dos deuses, visando conduzir as almas ao Reino dos Mortos e lá chegando seria recebida e cuidada com carinho.
A INFLUÊNCIA DO CRISTIANISMO
A evolução natural da Humanidade e o ciclo iniciado com Jesus há 2000 anos modelando uma nova mentalidade, influenciavam sensivelmente nos costumes culturais e religiosos dos povos. Com a expansão do cristianismo, na tentativa de se solidificar a fé, foram se estabelecendo dogmas, entre eles, o da Ressurreição. Jesus, como descendente de uma das doze tribos de Judá, foi sepultado conforme as tradições da Lei Mosaica. A Igreja proclamou como Dogma de fé que o Messias ressuscitou de corpo e alma.

Com exceção dos países orientais onde a prática é normal, o rito da cremação ficou esquecido até o ano de 1876, quando em Washington, nos Estados Unidos, na tentativa de revificar o processo, foi estabelecido o primeiro forno crematório dos dias atuais, provocando polêmicas e controvérsias, sobretudo da Igreja que se posicionou contra a destruição voluntária do cadáver.
Só a partir de 1963, mediante a propagação do processo em diversos países do planeta, o Vaticano através do Papa Paulo VI apresentou uma abertura, mas não se posicionando claramente quando se expressou que não proibia a cremação, mas recomendava aos cristãos o piedoso e tradicional costume do sepultamento. A Igreja teve suas razões para defender a Inumação. Aprovar plenamente a cremação seria negar o dogma por ela estabelecido.
Nessa seqüência histórica observa-se que na cultura religiosa de todos os povos sempre pairou uma nebulosa noção de espiritualidade e nela a preocupação do homem com seu destino após a morte. Até que nos meados do século XIX, o francês Allan Kardec, codificador da doutrina espírita, lançou uma nova luz nos horizontes mentais do homem quando entreviu um mundo de inteligências incorpóreas.
Os espíritos são os seres inteligentes da Criação que habitam esse mundo. Simples e ignorantes no seu ponto de partida, caminham para o progresso indefinido reencarnando sucessivamente.

Na encarnação, a ligação entre o perispírito e o corpo é feita através de um cordão fluídico. Sendo a existência terrena uma fase temporária, após o cumprimento da missão moral, com a morte do corpo físico o espírito retorna ao seu lado de origem conservando a individualidade.
O DESLIGAMENTO NÃO É SÚBITO
Os laços que unem o espírito ao corpo se desfazem lentamente. De uma forma geral todos sentem essa transição que se converte num período de perturbações variando de acordo com o estágio evolutivo de cada um. Para alguns se apresenta como um bálsamo de libertação, enquanto que para outros são momentos de terríveis convulsões. O desligamento só ocorre quando o laço fluídico se rompe definitivamente.
Diante da Nova Revelação apresentada pela doutrina dos espíritos e levando-se em consideração a perturbação que envolve o período de transição, questionou-se: cremando o corpo como fica a situação do espírito? Consultado, o mundo espiritual assim se expressou: "É um processo legítimo. Como espírito e corpo físico estiveram ligados muito tempo, permanecem elos de sensibilidade que precisam ser respeitados". Essas palavras revelam que embora o corpo morto não transmita nenhuma sensação física ao espírito, porém, a impressão do acontecido é percebida por este, havendo possibilidades de surgir traumas psíquicos. Recomenda-se aos adeptos da doutrina espírita que desejam optar pelo processo crematório prolongar a operação por um prazo de 72 horas após o desenlace.

Embora a Inumação continue sendo o processo mais utilizado, a milenar cremação, por muito tempo esquecida, voltou a ser praticada nos tempos modernos. Este procedimento vem se difundindo amplamente até em função da falta de espaço nas grandes cidades. Com o crescimento da população as áreas que outrora seriam destinadas a cemitérios tornaram escassas.
CREMAÇÃO: UMA QUESTÃO DE ECONOMIA
Adeptos de todas as seitas estão optando pela operação crematória. Seus partidários fundam-se em diversas considerações. Para alguns está ligada a fatores sanitários, sendo que alguns cemitérios podem estar causando sérios danos ao meio ambiente e à qualidade de vida da população, enquanto que para muitos usuários do crematório o processo diminui os encargos básicos econômicos, entre eles, a manutenção da tumba.
Atualmente, o Brasil conta com quatro áreas crematórias e está em fase de expansão. A área da Vila Alpina, na cidade de São Paulo, foi fundada em 1974. É a primeira área crematória do país e conta com quatro fornos importados da Inglaterra. Pertence à Prefeitura Municipal e leva o nome do seu idealizador, dr. Jayme Augusto Lopes. As outras três áreas são particulares e estão localizadas na cidade de Santos, no Estado do Rio de Janeiro e no Estado do Rio Grande do Sul.

Segundo a Lei, a cremação só será efetuada após o decurso de 24 horas, contadas a partir do falecimento e, desde que sejam atendidas as exigências prescritas. A prova relativa à manifestação do falecido em ser cremado deve estar consistente de Declaração de documento público ou particular.
As cinzas resultantes da cremação do corpo serão recolhidas em urna individual e a família dará o destino que o falecido determinou. Muitos países já contam com Jardins Memoriais e edifícios chamados "Columbários", com gavetas para serem depositadas as urnas com as cinzas dos falecidos podendo ser visitadas por parentes.
Kardec, o codificador disse: "O homem não tem medo da morte mas da transição".
À medida que houver amadurecimento e compreensão para a extensão da vida, o ser humano saberá valorizar cada momento da vida terrena e devotará ao corpo o devido valor que ele merece. Através do corpo, o espírito se ilumina. Resgata-se o passado, vive-se o presente e prepara-se o futuro. No desencarne é restituída a liberdade relativa ao espírito enquanto o corpo permanece na Terra com outros bens materiais.

O espírito preexiste e sobrevive ao corpo. Tanto inumação como cremação são formas de acomodar o cadáver. Expressam o livre arbítrio de cada um. Os dois processos destroem o corpo. Para se optar pela cremação é necessário haver um certo desapego aos laços materiais e mesmo com a inumação, caso o espírito não estiver devidamente preparado, poderá sofrer os horrores da decomposição. Quanto mais o espírito estiver preparado moralmente, menos dolorosa será a separação.
CIÊNCIA E RELIGIÃO
A Doutrina Espírita não teme as provas científicas (acompanhando-as, sempre que elas provarem que o Espiritismo esteja errado em algum ponto), porque, como afirma Allan Kardec, em “A Gênese”, capítulo 1, “a Ciência é obra coletiva dos séculos e dos homens que trouxeram suas observações”. Por isso, para mostrar que Ciência e Religião devem caminhar juntas, o professor Herculano Pires conclui:“Religião sem Ciência é superstição; Ciência sem Religião é loucura”.
Joanna de Angelis / Divaldo Pereira Franco
Do livro “O Homem Integral”, de Joanna de Angelis, psicografado por Divaldo Pereira Franco (LEAL Editora, Salvador, BA, 1996, p. 57), podemos ler: “A religião se destina ao conforto moral e à preservação dos valores espirituais do homem, desmitizando a morte e abrindo-lhe as portas aparentemente indevassáveis à percepção humana. Desvelar os segredos da vida de ultratumba, demonstrar-lhe o prosseguimento das aspirações e valores humanos ora noutra dimensão dentro da mesma realidade da vida, é a finalidade precípua da religião. Ao invés da proibição castradora e do dogmatismo irracional, agressivo à liberdade de pensamento e de opção, a religião deve favorecer a investigação em torno dos fundamentos existenciais, das origens do ser e do destino humano, ao lado dos equipamentos da ciência, igualmente interessada em aprofundar as sondas das pesquisas sobre o mundo, o homem e a vida.”

O filósofo Léon Denis
Em sua obra “Espíritos e Médiuns” (Editora CELD, RJ, 1990, p. 16-17), o filósofo Léon Denis, estudioso do Espiritismo e seguidor das pesquisas de Kardec, escreveu o seguinte: “Era preciso que o homem conhecesse seu verdadeiro lugar no Universo, que aprendesse a medir a debilidade de seus sentidos e sua importância para explorar, por si mesmo e sem ajuda, todos os domínios da natureza viva. A ciência, com seus inventos, atenuou esta imperfeição de nossos órgãos. O telescópio abriu a nossos olhos abismos do espaço; o microscópio nos revelou o infinitamente pequeno; assim surgiu a vida, tanto no mundo dos infusórios como na superfície dos globos gigantes que giram na profundidade dos céus. A Física descobriu as leis que revelam a transformação das forças e a conservação da energia, e as que mantêm o equilíbrio dos mundos. A radiatividade dos corpos revelou a existência de poderes desconhecidos e incalculáveis: raios X, ondas hertzianas, irradiações de todas as classes e de todos os graus. A Química nos fez conhecer as combinações da substância. O vapor e a eletricidade vieram revolucionar a superfície do globo, facilitando as relações entre os povos e as manifestações do pensamento, para que as idéias resplandeçam e se propaguem a todos os pontos da esfera terrestre. Hoje, o estudo do mundo invisível vem completar essa magnífica ascensão do pensamento e da ciência. O problema do além-túmulo se ergue frente ao espírito humano com poder e autoridade.”

E observa o mesmo autor, na página 19 do seu livro citado: “Quando novos aspectos da verdade aparecem aos homens, sempre provocam assombro, desconfiança, hostilidade (...) Por isso se necessita de um período bastante longo de estudo, de reflexão, de incubação, para que a nova idéia abra caminho na opinião. Daí, as lutas, as incertezas, os sofrimentos da primeira hora.”
Herculano Pires, o pesquisador
O jornalista, cronista literário e pesquisador espírita José Herculano Pires, no livro “Os 3 Caminhos de Hécate” (Editora EDICEL, SP), na página 12, registra o seguinte: “Até hoje, desde as famosas investigações da Sociedade Dialética de Londres, para desfazer a ‘praga do século’ – que era então, e isso no século passado, o Espiritismo -, nenhum investigador sério pôs a mão no fogo sem ser queimado. Quer dizer: até hoje, nenhum cientista que se atreveu, com seriedade, a investigar os fatos espíritas, deixou de comprová-los. E muitos tornaram-se espíritas, inclusive o maior deles, que foi William Crookes, o Einstein do século dezenove.”

E, na página 19 da mesma obra, é categórico: “Não fosse a publicação do livro de Kardec em 1857 (“O Livro dos Espíritos”), e não teria sido possível o aparecimento da Metapsíquica, de Richet, da qual surgiu a Parapsicologia de Rhine, agora vitoriosa nos meios universitários da América e da Europa, despertando o interesse dos próprios círculos católicos.”
Ainda, com relação às críticas e perseguições, e mesmo aos atos violentos, na trajetória do Espiritismo, – quando alguns pretendiam que os espíritas agissem da mesma forma, respondendo aos seus agressores com igual moeda -, o mestre Herculano Pires, com toda sua sapiência, ponderou, na página 244 do livro citado: “A violência, como dizia Mahatma Ghandi, é a arma dos que não têm razão. Quem está com a verdade não precisa da violência, porque a verdade é a maior força do mundo e se impõe por si mesma.”
Um Pensador Indiano
Tratando da consciência Krishna, e falando da entrada no mundo espiritual, o pensador indiano Prabhupãda mostra, na página 45 de seu livro “Ensinamentos de Prabhupãda” (edição em português, Fundação Bhaktivedanta, Pindamonhangaba, SP, 1992), que só podemos chegar à compreensão de que todos somos servos de Deus, “após muitos e muitos nascimentos, quando o ser se torna um homem de sabedoria.”
Emmanuel / Chico Xavier

Finalizando esse título sobre a ciência e a religião, convém registrar, do livro “Palavras de Emmanuel”, psicografado por Chico Xavier (Edição FEB, 3ª ed., RJ, 1972), à pagina 128: “No dia em que a evolução dispensar o concurso religioso para a solução dos grandes problemas educativos da alma do homem, a Humanidade inteira estará integrada na religião, que é a própria verdade, encontrando-se unida a Deus, pela Fé e pela Ciência então irmanadas.”

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