segunda-feira, 24 de novembro de 2014

"A cruz é a ponte"

Precisando de direção? Busque aprendizado! Se dedique a conhecer as energias universais que regem as suas emoções...
As vezes o peso da vida parece ser bem maior do que as nossas forças.
A "cruz" nossa de cada dia parece pesada e inútil,e não estou me referindo só das dificuldades e problemas inerentes à fé,escrevo no aspecto geral. 
Como encaramos o PROBLEMA DO SER, DO DESTINO E DA DOR ‏?
Como vemos cada pequena ou grande contrariedade que nos acontece?
O que realmente importa, a alma, sua natureza e destino, visto que essas estão presas ao ensino do conhecimento supérfluo. 
Até na igreja, renomada instituição religiosa, o padre acaba por professar teses que não passariam pelo crivo da razão.
Com efeito, na Universidade, como na Igreja, a alma moderna não encontra senão obscuridade e contradição em tudo quanto respeita ao problema de sua natureza e de seu futuro. 
É a esse estado de coisas que se deve atribuir, em grande parte, os males de nossa época, a incoerência das idéias, a desordem das consciências, a anarquia moral e social.
Da falta de perspectiva e de conhecimentos edificadores em relação à vida e à alma, a corrosão moral e o ceticismo tomaram conta da época, já que “(…) em nada mais crêem do que na riqueza, nada mais honram que o êxito.

Certa vez um homem cansado de tudo foi visitado pôr um certo anjo do senhor. 
Este anjo disse a ele: "eu vim trazer a sua cruz para que você possa carregá-la na sua jornada". 
Ele pegou a cruz e seguiu. Quando ele já estava bem adiante de sua jornada, encontrou uma multidão fazendo a mesma caminhada,mas um homem disse a ele o seguinte: "- como vai, tudo bem? O que você está fazendo com esta cruz aí? Está maluco? Ela deve ser muito pesada". E o outro respondeu: "- não estou maluco não, cada um deve carregar a sua cruz. Mas ela realmente é pesada."
"- então por que você não corta um pedaço do pé da cruz? Vai ficar mais leve."
"- eu não posso fazer isso, é a minha cruz, eu tenho que carregá-la."
"- que besteira, isso é besteira. Corta só um pedacinho, ninguém vai saber. Assim vai ficar mais leve para você carregar." E o homem o convenceu de cortar um pedaço.
"- viu, não ficou mais leve?"
"- é, você tinha razão, só um pouco não vai fazer mal." E ele continuou seguindo sua jornada. Bem mais lá na frente de sua longa caminhada eis que ele encontra novamente aquele homem.
"- como vai? Você continua carregando isso aí? Achei que tivesse desistido."
"- sim, eu continuo carregando a minha cruz."
"- mas ela deve estar muito pesada. Por que você não corta mais um pouco? Vai ficar mais leve."
"- é, pode ser, não doeu nada da outra vez."
"- vamos cortar. Só que vamos cortar um pouco mais pra ela ficar bem mais leve né?"
Ele concordou em cortar e depois seguiu sua jornada.
Muito tempo depois ele avista "o Jugo Leve" que lhe diz: "Vinde a mim, todos os que andam em sofrimento e vos achais carregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração, e achareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve". Mas para isso,sem esperar ele se depara com um abismo e ele não entendeu o porquê do abismo. E tamanho era o desespero que ele começa a gritar e gritar e gritar:
"- socorro, me ajudem, quero atravessar, socorro alguém por favor me ajude, quero entrar ter um "Jugo Leve"!!!"
Cansado de tanto gritar, ele vê a multidão atravessar o abismo,cada qual com o peso da sua cruz e ele alí ficou a gritar.Do outro lado do abismo o anjo, aquele que lhe entregou a cruz. E o anjo pergunta a ele: "- o que você está  fazendo aí do outro lado? Por que você ainda não atravessou?"
"- como? Não vê o abismo que nos separa?"
"- sim vejo", respondeu o anjo.
"- então, como que eu vou atravessar?"
"- onde está a ponte que eu te entreguei?"
"- que ponte? Você me entregou uma cruz e ela está comigo."
E o anjo disse: " - então coloque-a no meio do abismo, porque o tamanho dela é exato para que você possa atravessar."

Se sua cruz está pesada demais, talvez você esteja carregando ela sozinho...
O materialismo causou uma dependência nas pessoas, a dependência do ‘acaso’, já que somos resultado de combinações biológicas e físico-químicas, algo como uma receita celular que as leis da ciência humana foi capaz de estudar e aprender. 
Isso causou desmotivação e esvaziou o ser em si, resultando em pessimismo e em um conformismo que estagnou todas as gerações presas à esta ideologia / percepção de mundo. 
Sem uma essência espiritual ou algo que clamasse à evolução particular de cada um, não havia motivo justo para que cada ser buscasse sua melhora e progresso.
“A evolução gradual e progressiva é a lei fundamental da natureza e da vida. (…) A origem de todos os nossos males está em nossa falta de saber e em nossa inferioridade moral” 
Todos os sofrimentos: misérias, decepções, dores físicas, perdas de seres queridos, encontram sua consolação na fé no futuro, e na confiança na justiça de Deus, que o Cristo veio ensinar aos homens. 
Sobre aquele que, pelo contrário, nada espera após esta vida, ou que simplesmente duvida, as aflições pesam com todo o seu peso, e nenhuma esperança vem abrandar sua amargura. 

Eis o que levou Jesus a dizer: “Vinde a mim, vós todos que estais fatigados, e eu vos aliviarei”.
Jesus, entretanto, impõe uma condição para a sua assistência e para a felicidade que promete aos aflitos. 
Essa condição é a da própria lei que ele ensina: seu jugo é a observação dessa lei. 
Mas esse jugo é leve e essa lei é suave, pois que impõe como dever o amor e a caridade.
A solução do "Jugo Leve",da cruz que é a ponte,é a adição do espiritismo na educação e na ciência. 

No primeiro caso seria indispensável na formação ético-moral das próximas gerações. 
Como entender esta afirmação no meio de nossas decepções e penúrias? 
Por que algumas pessoas aceitam com paciência os revezes da vida e outras não?
O jugo, por um motivo perfeitamente evidente, é símbolo de servidão, de opressão, de constrangimento. 
A passagem dos vencidos sob o jugo romano é suficientemente explícita. O jugo simboliza a disciplina de duas maneiras: ou ela é sofrida de modo humilhante, ou a disciplina é escolhida voluntariamente e conduz ao domínio de si, à unidade interior à união com Deus.
Jesus, quando esteve encarnado, deixou-nos muitas máximas evangélicas, as quais foram anotadas e publicadas pelos Apóstolos, aproximadamente 70 depois de sua morte física. 
A sua missão foi a de nos trazer a Boa-Nova, um novo marco espiritual para a Humanidade, um edifício sólido em que as ventanias das trevas não iriam conseguir demoli-lo. 
Ensinou-nos através de parábolas, pois ainda não estávamos preparados para absorver todo o seu conteúdo doutrinal. 
Na época, disse que não podia nos ensinar tudo, mas que a seu tempo nos enviaria o Consolador Prometido, o Espírito de Verdade, que se incumbiria de nos lembrar do que tinha dito e nos revelaria novos conhecimentos. 

Sendo assim, convém, para o nosso próprio aprimoramento espiritual, buscarmos não só o seu sentido teórico como também a sua aplicação prática em nossa vivência. 
Penetremos, pois, no âmago desses preceitos não como um sábio, mas como uma criança, sem defesas e isenta de qualquer preconceito.
Para os grandes filósofos da antiguidade a vida nada mais é do que uma preparação para a morte. 
Basta voltarmos no tempo e verificarmos as reflexões de Sócrates, quando fora obrigado a beber cicuta. 
Dependendo de como a vemos, podemos nos pautar em vida. 
A isso chamamos visão de mundo. Quer dizer, o que se espera depende de como vemos o desenlace. 

Haverá um céu? Um inferno? Ou iremos para o todo universal? Sob esse ponto de vista, convém estarmos sempre nos questionando para o que vem depois. 
Podemos nos formar em uma faculdade, conseguir um posto de comando na sociedade, ser condecorado, e receber honras dos homens. Contudo, há uma pergunta crucial no centro de todas essas atividades: "E depois?"
Diz-nos que o temor da morte decorre da noção insuficiente da vida futura, embora denote também a necessidade de viver e o receio da destruição total. 
Segundo o seu ponto de vista, o espírita não teme a morte, porque a vida deixa de ser uma hipótese para ser realidade. Ou seja, continuamos individualizados e sujeitos ao progresso, mesmo na ausência da vestimenta física.

Refere-se tanto à lei física quanto à lei moral. Ela regula todos os acontecimentos no universo. São leis eternas, imutáveis, não estão sujeitas ao tempo, nem à circunstância, embora tenham em si o elemento do progresso.
Dentre tais leis, as leis morais são essenciais para o nosso progresso espiritual, pois elas nos descortinam as noções de bem e de mal e como nos devemos conduzir na vida para alcançarmos as bem-aventuranças.
É que atendendo aos desígnios do alto a nosso respeito, nós não iremos dificultar ainda mais a nossa situação presente. 
Nós não agravaremos a lei, pois teremos cuidado de não fazermos mal aos outros, porque sabemos que iremos sofrer as suas conseqüências. Uma pessoa que recebeu um pequeno conhecimento da vida futura já enfrenta a morte com certa naturalidade. 
Ele vai se conscientizar que a verdadeira vida não é a vida material, e por isso trata as dificuldades com outros olhos. 
É justamente esses outros olhos, a dimensão de uma vida futura, que torna o fardo leve. 
Essa visão de futuro faz-nos caminhar na terra, sofrer todas as agruras que os outros sofrem, mas o peso dessas agruras é diminuído, diminuído pela posse do conteúdo espiritual, fornecido pelos Espíritos superiores que desejam a redenção não só de uma pessoa, mas de toda a humanidade. 
Aquele que olha do ponto de vista espiritual tem uma visão mais ampla. Assemelha-se ao homem que subiu numa montanha, comparado ao que ficou ao seu pé. Ele pode vislumbrar outros horizontes, o que não é permitido ao que ficou em baixo.
O conhecimento da lei pertence a todos, mas cada um capta somente de acordo com o seu grau de percepção. 
Por isso, há que se ter muita paciência e repetir a frase de Jesus, quando formos vilipendiados: "Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem".
Não é uma grande felicidade saber que sofremos e porque sofremos. Imagina alguém que sofra e não tem perspectiva alguma com relação ao futuro. 
O seu sofrimento será de rebeldia, de blasfêmia contra Deus.
“Os espíritos professam o "niilismo metafísico", e a massa humana, o povo, sem crenças, sem princípios fixos, está entregue a homens que lhe exploram as paixões e especulam com suas ambições”.
Se introduzida desde cedo na educação infantil, seria de grande valia para uma formação social mais concisa e ciente de seus deveres morais. 
“Fé do passado, ciências, filosofias, religiões, iluminai-vos com uma chama nova; sacudi vossos velhos sudários e as cinzas que os cobrem. 
Escutai as vozes reveladoras do túmulo; elas nos trazem uma renovação do pensamento com os segredos do Além, que o homem em necessidade de conhecer para melhor viver, melhor agir e melhor morrer!
Estejamos sempre com os nossos pensamentos voltados para o bem supremo. 
Peçamos força para cumprirmos os nossos deveres, sejam eles rudimentares ou eminentes. 
Por fim, saibamos sofrer e se soubermos, sofreremos menos.
fontes colaboradoras:
http://www.ceismael.com.br/artigo/jugo-leve.htm